terça-feira, 18 de junho de 2019
Navegador Microsoft Edge vai bloquear anúncios considerados invasivos
O navegador Edge vai começar a bloquear anúncios que são considerados muto intrusivos. Com isso, a Microsoft está seguindo uma tendência dos navegadores atuais de prezar mais pela privacidade mais do que pelos negócios.
"Somos membros da Coalition for Better Ads (CBA). Como parte dela, planejamos começar a aplicar esses padrões bloqueando anúncios em sites que não seguem as diretrizes da entidade", disse Kyle Pflug , gerente de projetos do Edge. Essas diretrizes impedem que os anúncios sejam intrusivos demais ou causem distração, mas não analisam se existe um rastreamento de informações privadas por trás das propagandas.
E o diferencial do Edge para o que o Chrome vem fazendo desde 2018 é justamente esse. A Microsoft permite que você tenha mais controle sobre a privacidade, permitindo o bloqueio de anunciantes que acompanham suas atividades pela internet. Para isso, o browser oferecerá três níveis de restrições de rastreamento: irrestrito, equilibrado e rigoroso .
Já se foram os dias em que os navegadores fariam o que os programadores da Web lhes dissessem. Cada vez mais, eles estão bloqueando anúncios, rastreadores e códigos de site que minam criptomoedas para fazer dinheiro.
Isso pode ser recompensado com um carregamento de página mais rápido e melhor privacidade - e agora os navegadores começaram a competir com esses recursos. Websites gratuitos e suportados por anúncios podem não gostar, mas está se tornando o padrão de qualidade.
O navegador Brave, por exemplo, bloqueia todos os anúncios e rastreadores por padrão. Já o Safari, da Apple, bloqueia os rastreadores com uma abordagem chamada Intelligent Tracking Prevention;por sua, a Mozilla ativou o bloqueio de rastreador por padrão no Firefox . E até o Chrome tomou algumas medidas para restringir os cookies que também podem ser usados para rastreá-lo online.
O Edge está próximo do Brave, mas não vai tão longe quanto bloquear todos os anúncios - pelo menos por enquanto.
"Para a maioria dos usuários, descobrimos que as extensões (combinadas com fortes padrões de prevenção de rastreamento) são a melhor opção aqui, porque você pode escolher entre uma variedade de experiências e padrões. Mas queremos ouvir os usuários, para ver se eles acham que isso deve ser contruído diretamente no navegador", disse Pflug.
A Microsoft ainda não sabe se deve seguir os passos do Chrome. Pflug disse ainda que a empresa está analisando quais são os méritos técnicos e quais as consequências para desenvolvedores e clientes, caso a companhia opte por acompanhar os passos do Chromium.
A publicidade tem sido uma benção para websites gratuitos e com suporte de anúncios que, provavelmente, não teriam crescido tão rápido ou ido tão longe se exigissem assinaturas ou outros pagamentos. Mas a publicidade também tem desvantagens, em particular no que tange à invasão de privacidade.
A grande questão - e obstáculo - para os donos de navegadores, no momento, parece ser: como sustentar um software sem depender do dinheiro dos anúncios, enquanto a privacidade do usuário é mantida? Alguns, como o Brave, apostaram em anúncios apenas por notificações; outros podem apostar em serviços de assinatura. De qualquer modo, a Microsoft parece estar inclinando para outras alternativas menos invasivas que a monetização gerada por publicidade.
Fonte: Olhar Digital
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